Ao optar por Joaquim Levy na Fazenda, definir Nelson Barbosa no Planejamento e manter Alexandre Tombini no BC, a presidente sinaliza que pretende arrumar as contas públicas para resgatar a confiança e tentar tirar a economia do atoleiro A presidente Dilma Rousseff cedeu aos apelos do mercado e admitiu ontem que precisa mudar urgentemente a política econômica para evitar um segundo mandato desastroso. Depois de muito relutar, escolheu Joaquim Levy, hoje diretor da Bradesco Asset, para suceder Guido Mantega no Ministério da Fazenda. Levy tem um pensamento econômico totalmente oposto ao que prevaleceu nos últimos quatro anos e que levou o país à recessão e a conviver com inflação no teto da meta, de 6,5%. Como era de esperar, Dilma decidiu criar um contraponto à linha ortodoxa de Levy, comparada à de Armínio Fraga, que seria o ministro da Fazenda caso Aécio Neves fosse o vencedor nas últimas eleições. Ela chamou Nelson Barbosa para o Ministério do Planejamento. O economista foi s...